Quanto mais eu rezo…

Celular começa a tocar:

 – Alô?

 – Ô seco!

 – Seco? Não, vc deve ter ligado para o número errado, moça…

 – É o seco sim! Você pegou meu celular!

 – Pfff… (desliguei)

Celular toca de novo:

 – Alô?

 – Ô seco, para de palhaçada, a polícia já tá atrás de vocês!

*olho ao redor do quarto e vejo um quadro, duas estantes e um guarda-roupas, nada que possa despertar o interesse da polícia, e desligo o celular de novo*

Celular insistindo em tocar:

 – Alô (com toda a paciência do mundo)?

 – Ô seco…

 – Não sou o seco, porra!

 – Vai tomar no teu cu, me dá meu celular!

 – Eu não tô com o teu celular, vc tá ligando pra pessoa errada!

E mais uma vez, desliguei o celular. Meu, não dela!

Celular toca de novo. E eu desligo.

E de novo. E eu desligo.

E de novo. E eu desligo.

E de novo. E eu desligo.

E de novo, aí eu atendo:

 – Alô!

 – Ó, é meió cê devolvê o celulá da minha mana, tá ouvindo seco!?

 – Já disse milhões de vezes que não é o seco!

 – É tu sim, Abelardo, acha que eu não sei? (embora eu ache que não tenha cara de Abelardo, mas enfim, não se discute com loucos).

 – Cara, não sou eu, não viaja!

 – Ô seco, a polícia tá atrás de ti, eu anotei a placa, vi o Chevete (reforço pro ‘te’ no final) com o colchão em cima rapaz, te entrega!

 – Caramba, então fugiram mesmo heim? (ó a importância que o bendito celular tava ganhando, fuga com colchão em cima do Chevete e perseguição policial)

 – Não te faz de tolo, seco!

 – Cara, tu é de onde?

 – Da Fumaça!

 – Fumaça? (WTF?)

 – Morro da Fumaça, seco, não te faz de tolo! (Morro da Fumaça é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Localiza-se ao sul do estado, a cerca de 180 km da capital Florianópolis. Faz divisas com Cocal do Sul, Içara, Sangão e Treze de Maio e Criciúma. Wikipédia)

 – Cara, eu nunca fui no Morro da Fumaça!

 – Não quero saber, dá o celular da mana, a polícia tá atrás de vocês já! (nessa hora, minha estante tremeu de nervosismo)

 – Show de bola, então para de me encher o saco!

E desliguei o telefone.

E toca mais uma vez o celular. E eu desligo sumariamente.

Aí toca mais uma vez e eu respondo com sms:

 – Na boa, é algum tipo de trote isso?

 – Eu so quero saber se meu celular esta com tigo (sic)

  * Ou seja, tem o seco e o tigo na jogada, putz! *

 – Vou dizer de novo que não. Vocês estão ligando para a pessoa errada, ok?

 – Eu quero meu celular

 – Então vai atrás de quem roubou

 – Tabom em tao me desculpa (sério, a pessoa compra um celular, gasta crédito, mas não é capaz de ir pra escola)

E é com esse texto que sexta-feira vou pra pós dizer para a coordenadora que vou mudar novamente meu tema. Desta vez, para: nessa vida, literalmente tem louco pra TUDO. Até pra roubar um celular e fugir num Chevete com um colchão em cima.

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Safety car de pobre

Não adianta correr, você vai parar na fila. Aquele seu caminho alternativo que ninguém conhece? Tem tanta fila que já tem gente vendendo água, suco e bandeira do Corinthians falsificada por ali. Fudeu, pra onde você olhar ou ir, tem fila. Mas agora tem uma nova modalidade de fila: a fila do Safety car de pobre.

Quem acompanha corrida sabe que o Safety car é aquele carro cheio de luzinhas coloridas que entra na pista quando dá acidente e todo mundo desacelera por causa dele. Eu tenho certeza que você já pegou fila em algum dia de sua existência. Principalmente moradores da Grande Florianópolis, que de grande mesmo só no tamanho dos engarrafamentos. Em se tratando de Floripa, a fila pode ser ocasionada por diversos fatores, dentre eles:

  • Um Fusca alucinado – Floripa é uma capital que parou por causa de um Fusca;
  • Questionário sobre mobilidade urbana na ponte – sério, de quem foi a ideia?
  • Hobby – tem horas que é impossível crer que há tanta fila assim só pela ruindade do trânsito, cogitando-se a possibilidade das ‘filas por lazer’;
  • Curioso – quem nunca teve vontade de estar com um Monster Truck numa fila dessas e passar por cima de tudo e todos?

A fila do Safety car de pobre é a fila do curioso com luzinhas. Hoje, voltando da pós, me deparei com uma fila dessas (infelizmente num Celta, não num Monster Truck): faltando 5km pra chegar em casa, geral carcando o pé no freio. Fila na BR. Alguns metros adiante, percebi as luzes do Safety car de pobre (ou carro da Litoral Sul, chame como quiser), piscando alucinadamente.

E o mais engraçado é que quanto mais perto do Safety car, mais a galera reduz. Talvez pra ver o acidente. E como de médico, louco, treinador de futebol e comentarista de qualquer assunto, todo brasileiro tem um pouco, acho que é pra entender o que houve na batida, procurar ‘quem morreu’ e comentar em casa, quase como um terceiro tempo de programa de futebol, ou pra ter assunto no cafezinho do dia seguinte.

– Cara, viu o acidente que deu ontem na BR?

– Não, só vi que alguém postou que tava na fila ontem no Face… Tu viu?

– Vi sim. Uma moto se atravessou na frente do carro, aí o cara do carro se perdeu e juntou o cara que tava do outro lado da pista.

– Caramba, que bicho maluco né?

– É verdade, tem cada doido no trânsito que se não tomar cuidado já era.

O comentário acima pode ter sido feito por duas pessoas diferentes: a que realmente viu o acidente e a que passou lá meia hora depois. Esses famosos analistas de acidente faltam pouco para parar o carro e perguntar ‘E aí, seu guarda? O que houve?’. Acho que não o fazem por timidez.

Gente, sério, vamos deixar os acidentes de lado e parar de fazer filas inúteis? Este aspira a blogueiro que vos fala agradece.

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O chinelo é o limite

Post sucinto só pra expressar minha indignação. Após um longo dia de trabalho, das 7:30 às 18:00, levei minha mãe para provar vestidos e depois aula de inglês. Cheguei em casa perto das 21:30. Aí tomei um banho e finalmente comi, pois estava desde o almoço, pois não tive tempo. Até aí tudo bem, um excelente, mas gratificante dia, bem movimentado, quando de repente ouço barulhos de gente gritando na frente de casa e ouvi a mãe comentar algo sobre “cano”.

Pensei “fudeu, essa molecada fez merda”. Dito e feito. Conseguiram quebrar o cano aqui na frente de casa LITERALMENTE AOS COICES!!! Sim, aos coices! Estavam em 3, um obeso, um bunda mole e um fedelho de 7 anos. Nenhum deles deve passar dos 14. Quebraram o cano d’água aqui de casa e vieram na maior cara de pau pedir desculpas. COMO ASSIM DESCULPAS!? Por que não pensaram na merda antes de fazer? Será que eles não têm pai e/ou mãe pra impor limites?

Ultimamente eu reclamava de tomar chineladas quando criança, e muitos da minha idade e/ou mais velhos apanharam de chinelo e outras coisas mais. Mas hoje eu me sinto uma pessoa que fez parte de uma geração privilegiada, que cresceu sabendo o que é certo e errado, que tomou chineladas quando errou. Essa nova geração no Brasil, crescendo com leis protecionistas “anti chinelo” estão sem limites, sem educação e sem recursos pra virar gente no futuro. Se o Brasil quer ser um país sério, por que não investe na educação? Por que proibiu as chineladas? Por que não paga direito o professor?

Na boa, acho que já me passei por aqui. Mas o garoto que quebrou foi identificado (foi macho pra fazer, mas não foi macho o bastante pra assumir) veio pedir desculpas como se nada fosse nada. Eu, que cresci numa geração que às DEZ HORAS DA NOITE já estava dentro de casa com 13, 14 anos, não na rua VAGABUNDEANDO, fui obrigado a dar um xingão no garoto. Não foi o certo, mas se os possíveis pais do garoto (se é que ele tem) não fazem isso, eu faço!

PIVETADA SEM VERGONHA DA PORRA!!!

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Um belo dia resolvi postar

Belo dia porra nenhuma, desaba o mundo lá fora. Escolhi esse título pq me veio na cabeça essa música da Rita Lee. E por que raios me veio isso na cabeça? Não sei.

Bom, primeiro post do ano, creio que meus leitores esperem que eu faça um balanço de como foi 2011 e escreva ao menos um parágrafo de coisas bonitinhas com o tema ‘Feliz 2012’. Falar do ano passado eu até falo, mas papagaiada de ano novo não é comigo!

O ano que passou pra mim posso resumir em uma palavra: amadurecimento. Acho que isso resume tudo que aconteceu comigo. Amadureci muito academicamente, profissionalmente e o mais importante, amadureci como pessoa. Cometi vários erros, obtive alguns acertos, onde aprendi com os erros e cresci com os acertos.

Fui menos à Ressacada também. Mas convenhamos, se eu montasse hoje um time com o pessoal aqui de perto de casa, nós ganharíamos daquele Avaí. Na boa, que time fuleiro! Mas, como dizem os torcedores do Goiás da banda Black Drawing Chalks “é ruim, mas é o meu time né? fazer o que”… Exatamente, fazer o quê?

E agora pra 2012 vão minhas palavras: te coça! Quer que o ano seja bom, feliz, agradável e cheio de coisas boas? Vai atrás! Encare sua vida como uma máquina a vapor, que para funcionar precisava de algum combustível. Alimente sua vida, sua alma, e faça com que 2012 tenha algum sentido pra você. Se quer que o ano seja especial, faça por merecer.

Fiquem com uma banda que praticamente eu comecei a ouvir esse ano. The Good Natured!

The Good Natured – Video Voyeur
I’m so tired
I’m so tired
I can barely see you moving
You better look alive
I hide behind the lights
and ah ah ah ah say oh ah ah
I’m so tired
I’m so tired and ah
I can see your body screaming
It makes me feel alive
My eyes all over you and ah ah ah ah ah ah ah ah
I can see you follow you wherever you go
Shining in the dead of night
I can see you picture you wherever I go
Naked in the dead of nightVideo voyeur
Shining in the dead of night
I can see you all the time
Naked in the dead of night
I’m so high
I’m so high
When I hear your body screaming
It makes me paralysed
I’m so high
I’m hypnotised and ah ah ah say oh ah
I am coming down
We are rolling 1 2 3
See your body on the screen of my TV
I am coming down
We are rolling 1 2 3
Ah ah ah ah ah ah

I need you
Just give me what I want
Don’t leave me hanging til the morning light
I need you
You are the one I want
Don’t leave me hanging til the morning light

Por hoje era isso. Espero que gostem. Fiquem com Deus!

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Força para seguir?

Mais um dia. Mais do mesmo. Cansei disso? E o que eu faço para mudar? Sei lá, já tentei tanta coisa que não sei mais o que fazer. Parece que eu tentei derrubar uma parede de pedras com a cabeça. Ou com os olhos, pois eles estão ardendo muito e agora resolveram coçar também. Mas isso ainda me deixa aflito, o que mostra que talvez haja uma maneira de mudar isso. Vejo as chances iguais às do Avaí não ser rebaixado. Matar alguns leões pela frente, encarar cada desafio como o desafio de uma vida e ver no que vai dar. Algo me diz que uma bomba explodirá em breve. Provavelmente semana que vem, mas enquanto não se confirmar, são apenas suspeitas. E eu to me sentindo fraco, cansado, gordo, feio, acabado e  estressado. De repente a última palavra justificaria as demais, porém minhas justificativas parecem cada vez mais soar como meras desculpas esfarrapadas. As coisas boas que eu luto para fazer a cada dia que passa são reconhecidas menos a cada dia. Forças? Quem sabe no pré-sal.

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O lêmure cego

Fala pessoal, tudo certinho? Comigo tudo bem novamente, estou até enxergando. Pois é, ontem eu fui fazer exame de vista, e tinha chances de dilatarem minha pupila. E aconteceu, fizeram isso. Só posso dizer que é algo bizarro. Vou explicar como tudo aconteceu.

Cheguei na clínica por volta das quatro e meia da tarde e a consulta era às cinco e dez. Fui super bem atendido e quando cheguei no andar onde era a consulta, fiquei em uma cadeira tradicional dessas de clínica onde você espera para ser atendido. Aí do nada chega uma moça e diz ‘oi Guilherme, nós vamos começar a dilata sua pupila’. Como nunca havia feito isso pensei cá comigo ‘o que diabos essa maluca acha que vai fazer com meus olhos!?’. Sabe o que é pior que isso? Receber um guardanapo antes. Como assim, ela vai me trazer um sanduíche também enquanto dilata a pupila!?

Aí ela pingou um colírio no meu olho. E ardeu. Caralho, parecia que ela tinha tacado álcool no meu olho. Parecia tanto que eu estava prestes a ouvi-la dizer ‘Guilherme, me desculpe, mas esse aqui é o meu remédio para rinite, o colírio ficou em cima da minha mesa’. Só que ela tava tão tranquila que me passou confiança no que tava fazendo. E também, depois de cinco minutos eu estava enxergando. Um pouco pior, mas estava. E conforme minha visão ia se estabilizando, eu comecei a achar que ia ficar por aquilo mesmo, não ia mais pingar nada no meu olho e beleza.

Mero engano. Daqui a pouco veio a moça com o mesmo tubinho e outro guardanapo pra me aplicar o colírio dizendo ‘mais uma vez, Guilherme, vamos lá?’ Como assim mais uma vez!? Deu errado antes!? No olho dos outros é refresco né? Mas beleza, mais um pouco de colírio ácido no olho e aí sim eu fiquei me sentindo chapado.

Sério, quando eu abri meus olhos, as imagens estavam todas distorcidas. Olhei pra televisão (QUE TAVA PASSANDO A LAGOA AZUL, EU JURO) e eu tava enxergando com sombra. Aí eu quase tive certeza que ela antes pingou o remédio pra rinite no meu olho, mas deixei quieto. De repente me deu um lampejo de saber que horas eram. Como de praxe, puxei o relógio e… TA-DAH! Não enxerguei porra nenhuma! Pensei ‘magnata, agora eu tô louco!’ Puxei o celular e também não enxerguei patavinas. E isso foi me preocupando. CLARO QUE EU FIQUEI PREOCUPADO, EM 10 MINUTOS EU TERIA UM EXAME DE VISTA! E EU ESTAVA CEGO!

Dito e feito, me chamaram pra mais um procedimento. Comecei a me sentir uma bolinha em jogo de Pinball. Primeiro eu vi uma casinha num equipamento que a gente coloca o olho e depois fiz meu papel de palhocense matuto: me assustar com uma espécie de ‘soprinho’ em TODAS as vezes que ele aconteceu. Aí me mandaram pra cadeira denovo e logo a doutora me chamou. ‘Doutora, temos que revisar esses exames, tinham umas moças lá fora e elas pingaram mijo de rato no meu olho!’.

Pensei…

E fui fazer aquele teste de enxergar letrinhas num equipamento que simula um óculos, eu acho. E ela mexia naquilo incessantemente e não mudava praticamente nada. Aí ela vem me dizer que eu precisaria utilizar óculos para descanso. NA HORA EU NÃO SABIA O QUE ELA TAVA ESCREVENDO!

E comentei com ela que estava cegueta. E ela com a maior naturalidade vem me dizer que aquilo é um procedimento necessário. SIM, TÃO NECESSÁRIO QUANTO QUEBRAR AS PERNAS DE UM CORREDOR 5 MINUTOS ANTES DA CORRIDA. E AINDA TER A CARA DE PAU DE FALAR ‘ARREPIA, CAMPEÃO!!!’ Isso pra mim, nem agora que eu já to enxergando (embora meus olhos ainda doam um pouco) faz o menor sentido.

Mas caro leitor, calma! As coisas legais não acabam por aí! Imagina ir para a faculdade (a pé na chuva virado num lêmure cego) apresentar a segunda etapa do seu trabalho de conclusão de curso (ou TCS como chamam no SENAC). Cada rua a ser atravessada eu encarava como um desafio de vida ou morte. Porque realmente era! me sentia pulando de bungee jump amarrado por linha de costura. Mas fui, atravessei correndo loucamente com os braços pra frente like a kid e sobrevivi. Cheguei vivo na faculdade.

Uns dez minutos depois de chegar, chegam um cara do meu grupo e o palestrante que chamamos. O palestrante, que trabalha comigo e é amigo meu, mora ali no San Sebastian, quando me viu falou ‘pow, puxasse um dos bons heim!? Ó o teu olho!’. Pois é, antes fosse…

E apresentar trabalho semi-cego é uma tática boa para você que quer aprender a não ler slides na frente do professor. Então, fica a dica a você caro leitor que tem o feio costume de ler slides nas apresentações: dilate sua pupila. Você vai parecer um chapado, mas pelo menos não vai olhar pra tela!

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Mãe me assustando

eu: vai fazer o que pro almoço amanhã?
mãe: gordinho frito e caldo de peixe
eu: (olhando pra pança)
mãe (pegando um peixe)
eu: que peixe é esse?
mãe: gordinho
eu: (ufa!)

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Planeta dos macacos

O mundo é mesmo um lugar MUITO esquisito. Uma semana antes do Rock in Rio acontecer, fui com a minha namorada no show de uma banda chamada Black Drawing Chalks, uma banda goiana de rock. Por aí, já é nítido que tem caroço nesse angu. Desde quando Goiânia tem bandas de rock!? Nem sabia que as pessoas ouviam esse tipo de som lá.

Enfim, fomos pra lá assim que eu saí da aula e chegamos ao local do show (Célula) muito cedo. Nisso decidimos ir comer algo. Fomos até o Angeloni. E as coisas tavam tão estranhas naquela noite que a máquina do estacionamento não cortou o ticket. E eu me senti uma criança de 3 anos falando ‘dá o meu papel!’. Pois é.

Depois disso, voltamos ao Célula, onde ficamos esperando o lugar abrir, junto com mais um monte de gente estranha, de barba, falando sobre RPG. Detalhe pra um moleque que mais parecia uma criança endiabrada. Sério, daqueles casos que dá vontade de botar numa jaula pra ver se aprende a ser gente. Mas até aí tudo normal, todos os primatas apenas conversando. Por que eu os estou chamando de primatas sem nem os conhecer? Calma, já vou explicar.

Entrando no local, a galera do ‘moleque endiabrado’ é parada pra conferir identidade. Ele deve ter adulterado a carteira, só pode. Aí também fomos parados. Mesmo eu tendo 20, essa carinha de 16 sempre me denuncia…

Mas o lugar é grande, e se chover tá todo mundo tranquilo, pq tá cheio de guarda-chuva no teto, tem umas cadeiras legais e uns ‘barris de petróleo’ nos cantos, sabe-se lá para quê? Talvez o percussionista do Slipknot ou os caras do Tambours du Bronx saibam me dizer se dá de ganhar dinheiro com um daqueles, só que vazio.

Bom, vamos ao que interessa: o show.Detalhe pro vocalista/guitarrista que entrou carcado no palco e eu achei que ele fosse quebrar aquelas perninhas de saracura no meio daqueles fios, onde ele tava se enrolando sozinho, e também pro sapato vermelho (E REMENDADO) do baixista, que tinha sua cabeleira ‘estilo Valderrama’. SAPATO VERMELHO NÃO, JOSÉ! QUE HOMEM EM SÃ CONSCIÊNCIA NO PLANETA TERRA USA SAPATO VERMELHO, JOSÉ!? Aí quando eu vi o batera, concluí que são mesmo de Goiânia: tinha alguém com cara de cantor de sertanejo na banda. O outro guitarrista só fazia beicinho, nada demais.

Agora sim, explicando a parte dos primatas/planeta dos macacos. Vocês já ouviram falar naqueles ‘moshpit’? Caso não, sugiro procurar no Youtube antes de continuar. Então, algumas músicas dessa banda são bem pesadas e agitadas, então empolgou a galera a fechar os moshpit. Mas pessoas quando querem fazer esse tipo de coisa vão pra trás Esses primatas ficaram NA FRENTE DO PALCO. E cara, moshpit pode machucar também quem tá de fora dele. Só que os ‘fãs cérebro de gorila’ que se meteram nisso tavam cagando pra quem tava perto. E o local também não tinha um puto pra fazer a segurança.

Isso sem falar na briga dos fãs doentes (repare que eu falei ‘os’, do sexo masculino) que pareciam fazer uma disputa paraver quem daria para os caras da banda no final do show. Foi um atentado ao Queen e ao Motorhead, pois haviam duas tentativas frustradas demais de Lemi Kilmister e Freddie Mercury na plateia. Ambos querendo dar para o vocalista. Além de pagarem cerveja e oferecerem cigarro EM LOCAL FECHADO, os caras oferecem CIGARRO. Primatas mesmo, confirmaram minha teoria…

Me sentia confuso. Não sabia o que era pior: tanto barbado querendo dar a bunda pros caras da banda ou a inconsequência de fazer moshpit na frente do palco. Cheguei a conclusão que a pior coisa de tudo isso é me sentir velho pra esse tipo de coisa. Shows, gente primata… parece que isso não pertence mais ao meu mundo. E no fim, eles não tocaram AC/DC e torço para que nenhum deles tenha conseguido dar para os caras da banda.

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Pai motivador – Parte I

Pai – que ‘baixerada’ mais esquisita é essa?
Eu – Slipknot
Pai – é o Knoth (amigo meu)?
Eu – não, pai.
Pai – só fazem barulho esses mascarados esquisitos
Eu – é, mas eles ganham dinheiro com isso
Pai – então pega aquela tua guitarra, arruma mais uns doido e vai fazer barulho.

Adoro como meu pai me incentiva e acredita no meu talento 🙂

PS: Eu na guitarra e a nay no vocal, mais alguém se dispõe? Tô falando sério!

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Resolva um problema

Voltando para casa hoje eu cheguei a três conclusões: sou chato, nerd e feliz. Calma, vou explicar como cheguei a cada uma delas. Antes que eu passe por mal educado, boa noite, caros leitores, como vocês estão? Ok, formalidades a parte, vamos direto ao assunto.

Eu sou uma pessoa que em alguns momentos fala muito alto. Quando deve e até quando não deve. Tenho uma mania terrível de cutucar os outros drante a conversa. E eu sei o quanto isso é irritante, eu juro pra vocês. Eu vou melhorar, prometo. Além disso, eu ainda me transformo quase em um hooligan quando estou no Templo Sagrado de Nossa Senhora da Ressacada. Quem vai a campo sabe como é: palavrão, ‘sangue no zóio’… sobra até pra mãe daqueles que estão em campo faturando uma nota!

Ainda também sou nerd. Muita gente acha que nerds são chatos. Tem horas que eu desando a falar de tecnologias, tendências e tudo mais, só os ners sobrevivem prestando atenção no assunto. Só que, parando para analisar, nerd não é chato. Se você realmente acha nerd chato e que todo nerd tem papo de maluco, estuda um pouco antes, senão daqui algum tempo você seguirá as ordens dele. #fikdik

Mas, ao mesmo tempo que eu sou chato e nerd (que não é chato, você que estuda pouco), eu cheguei a conclusão mais válida das três (pelo menos para mim): sou feliz. Ser feliz para uns é um sonho, para outros uma meta a ser atingida, e ainda para alguns outros, é algo que nunca é alcançado, mas que sempre está se buscando. E finalmente eu posso afirmar que atingi a tal da felicidade.

Tenho 20 anos, tenho um excelente emprego, rodeado de pessoas sensacionais e me considero um bom profissional, com um ano de casa completando semana que vem, dia 20 de setembro. Possuo poucos amigos, mas alguns poucos bons os quais vale a pena contar. Minha família então, dispensa comentários, muitas pessoas maravilhosas.

E o melhor de tudo: hoje eu posso dizer com toda a certeza que tenho ao meu lado uma mulher incrível, a senhorita Nayana Zoche Schneider, minha namorada. A melhor coisa que me aconteceu no ano foi ter conhecido ela melhor e começar o namoro. Sempre quem tá escutando minhas chorumelas e ladainhas, rindo das minhas piadas sem graça, me convencendo que não precisa inovar gastronomicamente falando e que tem a melhor receita de miojo do mundo é ela. E eu serei eternamente grato por Deus tê-la colocado em minha vida.

Só pra fechar, explicando agora o título: resolva um problema. Esse é simplesmente o segredo pra felicidade. Muitas vezes se vê muita gente tentando salvar o mundo, mas se esquecem de abaixar a tampa do vaso. Ou seja, não adianta querer fazer muito, se a diferença estará nos mínimos detalhes. Detalhes esses que farão você uma pessoa mais feliz. E lembre-se sempre: a vida é feita de detalhes.

Fechando o post como nos velhos tempos: com música. Essa foi escolhida pela Nay (te amo, bebê!). Carry on wayward son – Kansas

Carry on my wayward son
There’ll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don’t you cry no more

Once I rose above the noise and confusion
Just to get a glimpse beyond this illusion
I was soaring ever higher
But I flew too high

Though my eyes could see I still was a blind man
Though my mind could think I still was a mad man
I hear the voices when I’m dreaming
I can hear them say

Carry on my wayward son
There’ll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don’t you cry no more

Masquerading as a man with a reason
My charade is the event of the season
And if I claim to be a wise man, well
It surely means that I don’t know

On a stormy sea of moving emotion
Tossed about like a ship on the ocean
I set a course for winds of fortune
But I hear the voices say

Carry on my wayward son
There’ll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don’t you cry no more, No!

Carry on, you will always remember
Carry on, nothing equals the splendor
Now your life’s no longer empty
Surely heaven waits for you

Carry on my wayward son
There’ll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don’t you cry
Don’t you cry no more!

No more!

 

Por hoje é só, pessoal. Tenham um ótimo resto de semana e fiquem com Deus!

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